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OTroncoEncefálico

Há centenas de milhões de anos, o tronco encefálico formava o que alguns chamam de “cérebro reptiliano”. O tronco encefálico recebe informações do corpo e as envia de volta para regular os processos básicos, tais como o funcionamento do coração e dos pulmões. Além de controlar os níveis de energia corporal, através da regulação dos batimentos cardíacos e da respiração, o tronco encefálico também molda os níveis de energia das áreas cerebrais acima dele, as regiões límbica e cortical. Ele controla diretamente nossos estímulos, determinando, por exemplo, se estamos com fome ou satisfeitos, sexualmente excitados ou relaxados pela satisfação sexual, acordados ou adormecidos.

Os agrupamentos de neurônios localizados no tronco encefálico também entram em ação quando determinadas condições parecem exigir uma mobilização rápida da distribuição de energia por todo o corpo e cérebro. Essa assim chamada gama de respostas de luta, fuga ou congelamento é responsável por nossa sobrevivência em momentos de perigo. Trabalhando em conjunto com os processos avaliadores tanto do sistema límbico quanto das regiões corticais superiores, o tronco encefálico é o árbitro que decide se respondemos as ameaças mobilizando nossas energias para o combate, ou se ficamos paralisados pelo desamparo, desmaiando diante de uma situação avassaladora. Porém, seja qual for a resposta escolhida, quando estamos no modo sobrevivência, nossa reatividade torna bastante difícil, se não completamente impossível, ficamos abertos e receptivos aos outros. Portanto, parte do processo do desenvolvimento da visão mental envolve em reduzir a reatividade quando ela não for realmente necessária.

O tronco encefálico também é parte fundamental daquilo que chamamos de “sistemas motivacionais”, que nos ajudam a satisfazer nossas necessidades básicas por comida, abrigo, reprodução e segurança. Quando sentimos um “estímulo” profundo para nos comportar de uma determinada maneira, é possível que nosso tronco encefálico esteja trabalhando em estreita harmonia com a região imediatamente superior, o sistema límbico, para fazê-lo agir.

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