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É muito fácil ficar impressionado em pensar no cérebro. Com mais de 100 bilhões de neurônios interconectados recheando o pequeno espaço dentro do crânio, o cérebro é denso e complexo. E, como se isso não fosse o suficientemente complicado, cada um de seus neurônios tem, em média, 10 mil conexões, ou sinapses, ligando-o a outros neurônios. Apenas na parte craniana do sistema nervoso, há centenas de trilhões de conexões ligando os vários agrupamentos neurais em uma vasta rede semelhante a uma teia de aranha. Mesmo se desejássemos, não teríamos tempo de vida suficiente para contar cada uma dessas ligações sinápticas.

Em função desse número de conexões sinápticas, as variações possíveis de padrões de disparo ligado-desligado do cérebro – seu potencial para diferentes estados de ativação – foram calculadas em dez elevado a milionésima potência, ou dez vezes dez um milhão de vezes. Acredita-se que esse número seja maior do que o número de átomos no universo conhecido. Ele também excede em muitos nossa capacidade de experimentar, durante a vida, até mesmo uma pequena porcentagem dessas possibilidades de disparo. Como neurocientista disse uma vez “A complexidade do cérebro é difícil até de imaginar.” Ele nos apresenta escolhas quase infinitas das maneiras como nossa mente usará esses padrões de disparos para se criar. Se ficarmos presos em um único padrão, estaremos limitando nosso potencial.

Os padrões de disparos neurais são o que os pesquisadores e cientistas vêem nas imagens do tomógrafo “se iluminarem” quando uma determinada tarefa está sendo realizada. O que os exames medem com freqüência é o fluxo sanguíneo. Uma vez que a atividade neural incrementa o consumo de oxigênio, um fluxo sanguíneo aumentado em uma determinada área do cérebro implica que os neurônios estão disparando nesta região.

Muitas vezes os disparos descontrolados do nosso cérebro determinam o que sentimos, como percebemos o que está acontecendo e como respondemos. Também existe uma verdade, que quando nós não estamos com raiva, podemos usar o poder da mente para mudar os padrões de disparos do cérebro e, assim, alterar sentimentos, percepções e respostas.

Uma das lições práticas mais importantes da neurociência moderna é que o poder para direcionar nossa atenção possui em si o poder de moldar os padrões de disparos do cérebro, assim como a própria arquitetura cerebral.

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