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Porquênãodefinir aMente?

Ela é real...

Um engenheiro da computação se referia a mente como “um sistema operacional”;

Um neurobiólogo “a mente é apenas a atividade cerebral”;

Um antropólogo “um processo social compartilhado que atravessa gerações”;

Um psicólogo “a mente são nossos pensamentos e sentimentos”;

Porém, concluiu-se que “A mente humana é um processo relacional e incorporado que regula o fluxo de energia e informações.”

A mente é real e ignorá-la não a faz desaparecer. Definir a mente possibilita, tanto em nossa vida quanto nos diversos campos profissionais – da psicoterapia, medicina e educação à formação política e à advocacia pública -, o compartilhamento de uma linguagem comum sobre a natureza interna de nossas vidas.

 

Energia é a capacidade de realizar uma ação – seja ela mexer os membros ou pensar. As diversas formas de energia são exploradas na física e podem ser descritas de várias maneiras, mas essa “capacidade essencial de fazer algo” permanece a mesma. Sentimos energia radiante quando nos sentamos ao sol, usamos energia cinética quando andamos na praia ou nadamos, utilizamos energia neurobiológica quando pensamos, falamos, ouvimos e lemos.

Informação é tudo que simboliza algo diferente de si mesmo. Essas palavras que você está lendo, ou as palavras que ouve, são pacotes de informações; a letras na página são significado das palavras, e as que você ouve são apenas ondas do som movendo moléculas de ar em determinadas frequências. Inversamente, uma pedra em si  não é informação. Uma pedra contém dados: podemos pesá-la e anotar sua cor, textura e composição química. Podemos imaginar a idade geológica de quando foi formada e as diversas forças que a moldaram. Porém nossas mentes estão criando essa informação, e a menos que alguém tenha entalhado uma imagem ou uma palavra em sua  superfície, a menos que pensemos sobre a sua história ou falemos sobre ela uns com os outros, uma pedra é apenas uma pedra. Por outro lado, a palavra pedra é um pacote de informações. Até mesmo a ideia de uma pedra poder ter significado para você – mas, repito, o significado é criado por sua mente, não pela própria pedra.

Energia e informação andam de mãos dadas no movimento de nossas mentes. Podemos vivenciar diretamente o momento – por exemplo, estarmos conscientes das sensações em nosso estomago quando estamos famintos, a torrente de emoções quando estamos aborrecidos. Podemos também construir sobre estas sensações e sentimentos cheios de energia, mapeando-os nas áreas superiores de nosso cérebro. Podemos “saber” que roncar o estômago significa que “devemos” comer, então olhamos para o relógio e nos dizemos que vamos esperar por mais meia hora para almoçar. Podemos interpretar o significado de uma emoção – entendendo o surgimento da tristeza em nosso coração como uma resposta à perda de um ente querido,  nos conscientizando do sentimento resultante do isolamento e da solidão – e, em seguida, ficarmos motivados a fazer algo com relação a isso, talvez buscando consolo com um amigo. É assim que nossas mentes criam informações a partir do fluxo de energia de formas novas e adaptáveis.

Saber que nossas mentes regulam o fluxo tanto de energia quanto da informação nos capacita a sentir a realidade dessas duas formas de experiência mental – e, depois, a agir sobre elas em vez de nos perdermos nelas.

E o que significa dizer “fluxo” de energia e informação? Por elas mudarem com o tempo, podemos sentir seu movimento de um instante para o outro em um processo dinâmico, fluido e emocionante. Mas nós não apenas observamos. Podemos entrar no rio do tempo para mudar a forma como os padrões se desvelam. A regulação da mente cria novos padrões de fluxo de energia e informação, os quais continuamos a monitorar e a modificar. Esse processo é a essência de nossa experiência de vida subjetiva.

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